quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tratados Contra Armamento Nuclear:

Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares

Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP)
NPT Participation.svg
Participação por país no Tratado de Não-Proliferação Nuclear
██ Assinados e ratificados
██ Aderiram
██ Membro cumpridores por tratado
██ Retirado
██ Não-signatário
Assinado
- local
1 de julho de 1968
Nova York, Estados Unidos
Em vigor
- condição
5 de março de 1970
Ratificação pelo Reino Unido, União Soviética, Estados Unidos e outros 40 Estados signitários.
Partes189 países
O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) é um tratado entre Estados soberanos assinado em 1968, em vigor a partir de 5 de março de 1970. Atualmente conta com a adesão de 189 países, cinco dos quais reconhecem ser detentores de armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China - que são também os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.  Em sua origem tinha como objetivo limitar o armamento nuclear desses cinco países (a antiga União Soviética foi substituída pela Rússia). Nos termos do tratado, esses países ficam obrigados a não transferir essas armas para os chamados "países não-nucleares", nem auxiliá-los a obtê-las. A China e a França, entretanto, não ratificaram o tratado até 1992.
Considerado pelos seus signatários como pedra fundamental dos esforços internacionais para evitar a disseminação de armas nucleares e para viabilizar o uso pacífico de tecnologia nuclear da forma mais ampla possível, paradoxalmente apoia-se na desigualdade de direitos, uma vez que congela a chamada geometria do poder nuclear em nome da conjuração do risco de destruição da civilização.
Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China – todos signatários do TNP - possuem 90% das armas nucleares, sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel.

Obama e Medvedev assinam tratado de desarmamento nuclear

08 de abril de 2010 | 10h 11

Os Estados Unidos e a Rússia assinaram na quinta-feira em Praga um histórico tratado de desarmamento nuclear, na esperança de que isso prenuncie uma melhora nas suas relações bilaterais e pressione outros países a abandonarem suas ambições de possuírem bombas atômicas.


Os presidentes Barack Obama e Dmitry Medvedev assinaram o pacto em uma cerimônia no castelo medieval de Praga, após uma reunião em que trataram de segurança nuclear, do programa atômico iraniano e da revolução na estratégica ex-república soviética do Quirguistão.

O acordo reduzirá em 30 por cento nos próximos sete anos o arsenal estratégico instalado dos dois ex-inimigos da Guerra Fria, mas ainda assim as ogivas remanescentes seriam suficientes para uma destruição mútua.

As duas principais potências nucleares do mundo precisam demonstrar que levam a sério a tarefa de reduzir seus arsenais, pois isso lhes dará moral para exigir que países como Irã e Coreia do Norte renunciem às suas ambições nucleares. Teerã nega ter a intenção de desenvolver armas nucleares, enquanto Pyongyang não esconde que já as possui.

Fontes da Casa Branca disseram a jornalistas que Obama discutiria com Medvedev a possibilidade de novas sanções da ONU ao Irã, mas que nenhum anúncio específico seria feito.

"Os russos já estão comprometidos em responsabilizar o Irã por meio do regime multilateral de sanções", disse o assessor-adjunto de Segurança Nacional do governo Obama, Ben Rhodes.

A situação no Quirguistão, onde protestos oposicionistas forçaram o presidente Kurmanbek Bakiyev a renunciar na quarta-feira, também acabou se impondo na pauta do encontro, já que tanto os EUA quanto a Rússia têm bases militares nesse país pequeno e pobre da Ásia Central. No caso dos EUA, sua base aérea na localidade de Manas é vital para o abastecimento das forças da Otan no Afeganistão.

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, conversou por telefone na quinta-feira com a líder oposicionista Roza Otunbayeva, na prática reconhecendo-a como presidente interina do Quirguistão. Não está claro se os EUA farão o mesmo.

A assinatura do tratado nuclear Start 2, que substitui um pacto nuclear de 1991, ocorre dois dias depois de Obama anunciar uma mudança na doutrina nuclear dos EUA, pela qual Washington se compromete a jamais usar seu arsenal atômico contra países que não possuam armas nucleares e que cumpram suas obrigações perante o regime de não-proliferação.

Nos dias 12 e 13, Obama será o anfitrião de uma cúpula em Washington para discutir questões de segurança nuclear global. Há cerca de um ano, ele declarou, também em Praga, que almeja ver o mundo livre de armas nucleares.

Ao chegar na quarta-feira a Praga, Medvedev disse que o tratado pode ter um papel considerável no futuro do desarmamento.

Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, disse esperar que o Senado dos EUA ratifique o tratado ainda antes das eleições parlamentares de novembro.


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